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MATRIMONIO

O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só Deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja.
"A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor." 

Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu à ele uma companhia: Eva. Deus também acrescentou: "Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne" (Gn 2, 24).
Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço (junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos construirmos uma família. O Matrimônio é uma doação total ao outro e à Deus, somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e morais.
Hoje, o Maligno vem se apoderando deste Sacramento como se fosse algo qualquer, ele usa do casal como forma de destruir, eliminar, desconcertar o convívio familiar. São muitos os casamentos feitos na Igreja Católica que possui objetivos contrários a conduta cristã, ou seja, muitos são os casais que vão para o altar com desejos carnais e com o seguinte pensamento: "Se não der certo, nos separamos".
Muitos falam como é difícil aceitar o Sacramento da Ordem, ou seja, pensam que ser sacerdote é uma grande dificuldade nos dias de hoje. Só que tanto a Ordem como o Matrimônio são Sacramentos de Serviço, que necessitam da doação total dos que receberam o Sacramento. A missão do sacerdote é direcionar o povo ao caminho de Deus. A missão do casal é direcionar a família ao caminho da Santidade e do Amor Fraterno. Não podemos deixar de lembrar que é através do Sacramento do Matrimônio que nasce as vocações sacerdotais, vindas da educação que os familiares deram ao vocacionado. Podemos chegar então à conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma vocação, devemos estar preparados para direcionar e educar filhos e Filhos de Deus no caminho da Santidade.
A grande prova da falta de preparo de muitos casais nos dias de hoje, são os inúmeros casamentos que não dão certo. O divórcio é força do maligno, foi criado para separar a união que Deus criou entre dois de seus Filhos.
Podemos então chegar a conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma das grandes obras divinas, que foi criado para o Amor Familiar. A Família é o grande investimento que Deus criou, é através dela que se educa cidadãos retos procurando a imitação de Cristo Jesus.

Os Dons do Espírito Santo



Se formos reler o início do estudo sobre as virtudes, veremos que já mencionamos os Dons do Espírito Santo. Vimos que as virtudes infusas são forças, ajudas sobrenaturais, que Deus sopra em nossas almas para nos ajudar a bem agir. Estas forças espirituais aperfeiçoam as nossas forças naturais, dando à nossa ação um valor novo, tirado da graça divina.
E os Dons?
Os Dons do Espírito Santo também são infusos na nossa alma por Deus e nela residem habitualmente, para nos tornar dóceis à ação de Deus em nós, pela qual Ele nos leva à perfeição.
Vemos assim que os Dons do Espírito Santo não agem na nossa alma do mesmo modo que as virtudes infusas.
As virtudes aperfeiçoam nossas ações nos dando forças para agir melhor.
Os dons do Espírito Santo realizam uma união íntima de Caridade que nos leva direto ao bem. É Deus nos empurrando para agir bem. Essa ação divina em nós é infalível e irresistível. Só poderemos perde-la se a recusarmos, o que seria um pecado mortal.
As virtudes nos ajudam a andar, passo a passo, no caminho da perfeição.
Os Dons trazem imediatamente a perfeição para dentro de nós.
As virtudes nos levam a melhor trabalhar na busca da perfeição.
Os Dons nos trazem o repouso de quem já alcançou a perfeição (naquela ação).
São sete os dons do Espírito Santo:
Temor de Deus
Vamos relembrar, agora, algumas virtudes e ver como os Dons do Espírito Santo vão trazer ainda mais perfeição:
Quando recebemos os dons
No batismo, nos tornamos filhos de Deus. Recebemos a graça santificante com todo o cortejo de virtudes sobrenaturais, inclusive com os dons do Espírito Santo. Mas na Crisma, recebemos de um modo especial o Divino Espírito Santo, para as lutas interiores e exteriores, pelas quais guardaremos intacta nossa fé. É, então, na Crisma que recebemos os dons do Espírito Santo de um modo muito especial. Devemos procurar apresentar os filhos para receber a Crisma o mais cedo possível, pois os ataques do mundo são cada dia mais cedo. Hoje, com oito anos, uma criança já precisa das forças especiais dos Dons para não se contaminar com o espírito do mundo. Atrasar demasiado a recepção da Crisma é abandonar os filhos desprotegidos nas garras do inimigo.
A Fé iluminada pelos dons de Inteligência e Ciência:
Sabemos que pela virtude teologal da Fé alcançamos o conhecimento de Deus do modo como Ele revelou-se a nós. Sabemos que Deus é a Santíssima Trindade, que Jesus Cristo é o Verbo Eterno de Deus feito homem, que a Igreja Católica é a única Igreja de Jesus Cristo, etc. Tudo isso é revelado por Deus e ensinado pela Igreja. Quando estamos rezando, ou estudando, ou simplesmente pensando nessas coisas, Deus ilumina nossas almas com a ação do Dom de Inteligência. Iluminados por este Dom do Espírito Santo, não somente acreditamos nessas verdades de Fé, mas passamos a conhece-las de um modo novo, interior, silencioso, muito elevado. Não podemos dizer como aprendemos aquilo, pois foi Deus quem nos fez ver aqueles mistérios desse modo novo. Os dons são verdadeiras luzes no nosso caminho.
Já o dom de Ciência nos ensina qual o relacionamento entre as coisas criadas e as coisas da Fé. Ele nos faz conhecer tudo segundo a Vontade de Deus, mas através de suas razões naturais.
Por não aceitar o dom de Ciência é que os homens passaram a estudar a natureza sem considerar que Deus é seu Criador, e que por isso, tudo e todos devem obediência à Deus.
Assim vemos que para recuperar esta sociedade pervertida, devemos abrir nossos corações ao governo de Deus em nós, às suas graças, aos seus Dons.
A Esperança ajudada pelo dom do Temor de Deus.
Para que nossa Esperança nunca diminua, Deus nos dá o dom do Temor de Deus, pelo qual estamos sempre na presença de Deus, com muito respeito por sua Excelência e por sua Bondade de infinita majestade, e que nada  tememos mais do que perde-Lo ou desagradá-Lo, ou perde-Lo por causa de coisas que nos afastariam dEle para todo sempre.
Este temor de Deus que é  dom do Espírito Santo é um temor filial, como o respeito que o filho tem por seu pai. A este temor filial se opõe o temor servil, próprio dos escravos e não dos filhos, pelo qual tememos o superior devido aos castigos que sofreremos.
A Caridade elevada pelo dom de Sabedoria
Se os Dons do Espírito Santo são mais elevados do que as virtudes, é normal que mesmo a maior de todas as virtudes, a Caridade, possa crescer e se aperfeiçoar, sob a ação de um dom. Este dom será então o maior de todos eles. É o dom da Sabedoria.
A Sabedoria consiste em julgar de todas as coisas segundo as suas causas divinas. Em outras palavras, considerar todas as coisas como elas são vistas e queridas por Deus, de quem tudo depende. Nisso a Sabedoria é diferente do dom de Ciência que, como vimos acima, procura as razões de Deus para  as coisas por seus elementos mais próximos, na natureza da própria coisa.
A Virtude da Prudência aperfeiçoada pelo dom de Conselho
Como a alma humana está sempre inclinada ao erro, mesmo quando possui as virtudes que a ajudam a agir bem, o Espírito Santo enche nossa alma com o dom de Conselho, pelo qual somos levados infalivelmente ao reto juízo sobre os atos que devemos realizar. A alma que vive atenta aos dons do Espírito Santo, diminui muito as possibilidades de pecar.
A Justiça, a Piedade, a Religião, santificadas pelo dom de Piedade
Pelo dom de Piedade aprendemos a tratar Deus como filhos obedientes tratam seu pai, dando a Ele todo nosso ser, manifestando nosso amor pela oração e tratando todos os homens como filhos de Deus e merecedores do amor divino. Se todos os homens vivessem movidos pelo dom de Piedade, a humanidade seria uma verdadeira família divina, antecipando a vida de Caridade que haverá no Céu.
A Virtude Cardeal da Força transformada pelo dom de Força
Enquanto a virtude de Força nos torna capazes de vencer os obstáculos humanos, já o dom de força nos leva a suportar as dores, provações e separações que se relacionam com a vida eterna, principalmente a morte. Com o dom da Força, o homem possui toda a confiança na obtenção dos bens eternos que tomarão o lugar dos bens terrenos que perdemos. O dom da Força nos torna vitoriosos sobre a própria morte. É o dom próprio do mártir, que enfrenta as feras, a espada, o fogo, com a alma em paz e mesmo com alegria, sabendo que a recompensa é a vida eterna.
A virtude da Temperança e o dom do Temor de Deus
Porque razão o dom do Temor de Deus aperfeiçoa tanto a Virtude Teologal da Esperança, como vimos acima, e a Virtude Cardeal da Temperança?
O dom do Temor de Deus não aperfeiçoa estas duas virtudes do mesmo modo. Ele aperfeiçoa a virtude da Esperança porque, pelo Temor de Deus, adquirimos a reverência diante da grandeza de Deus e temos a certeza de sua ajuda.
Mas o Temor de Deus nos leva também a evitar todo abuso com as coisas da nossa sensibilidade, o que corresponde a um aperfeiçoamento da virtude da Temperança. Por saber que vivemos na Presença de Deus, evitamos a gula, a embriagues, a sensualidade no vestir, nas atitudes, etc.
A virtude da Temperança já nos ajudava a vencer esses excessos, mas o dom do Espírito Santo não consiste num esforço nosso, humano, mesmo se aperfeiçoado por Deus. O dom do Espírito Santo é o próprio Deus agindo em nós. Por isso vencemos imediatamente as nossas tendências más e as tentações.
Concluindo, devemos deixar nossas almas abertas à ação do Divino Espírito Santo. A palavra Espírito quer dizer vento, sopro. Assim devemos abrir nossas almas como velas de um barco, e deixar o Vento divino enche-las e carregar nosso barquinho até o porto da Salvação. Podemos aprender mais alguma coisa sobre os dons lendo o livrinho : As Sete Velas do Meu Barco. Veja no tópico Orações algumas orações ao Divino Espírito Santo.





                     OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO

Na convivência com as pessoas, percebemos que cada uma possui qualidades, dons próprios, característicos, e que, somando tudo, resulta uma riqueza imensa.
É o próprio Espírito de Deus que distribui a cada um(a) os seus dons, segundo seu consentimento: nem todos têm de fazer tudo, mas um(a) precisa fazer a sua parte. Os dons são tão diversos como são as pessoas.
Nos caminhos e descaminhos da vida, cada pessoa vai descobrindo suas possibilidades e capacidades pessoais. É preciso que cada um saiba ousar, mesmo encontrando dificuldades. Importa ter coragem, fincar o pé e buscar sempre. A busca pertence a cada pessoa e faz da história de fé para com Deus.

TODOS OS DONS SÃO PRESENTES DE DEUS
Quando nos referimos ao Espírito Santo sempre tomamos como referência os sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus.
Eles são inspirados no texto do profeta Isaías (11, 2-3). O Novo Testamento assume esta profecia na pessoa de Jesus Cristo, o Messias prometido. Ele seria possuído pelo Espírito de Deus e a partir de sua força, praticará um reinado alicerçado na justiça e na paz, conforme os dons recebidos.
O número sete no contexto bíblico. Significa universidade, totalidade, perfeição. Os dons do Espírito são inúmeros, portanto, ao falar em sete, podemos dizer que recebemos todos os seus dons.
São Paulo, em Gálatas 5, 22-23, fala nos "frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si". Estes frutos provêm de um projeto de vida que todo cristão é chamado a perfazer. Isto não significa que os teremos de uma hora para outra.
Mas, a vida do cristão é um constante converter-se ao crescimento da fé, e um comprometimento para gerar estes frutos na convivência do dia-a-dia.
Podemos dizer que os "dons são qualidades dadas por Deus que capacitam o ser humano para seguir com gosto e facilidade os impulsos divinos, para tomar a decisão acertada em situações obscuras e para reprimir as forças do orgulho, do egoísmo e da preguiça, que se opõem à graça de Deus".

OS SETE DONS E SEU SIGNIFICADO
Vivemos um tempo de grande riqueza em nossa Igreja. Quantos jovens e adultos fazem as comunidades, as famílias saírem de sua passividade e acomodação para tomarem seus membros sujeitos da própria historia através da partilha de seus dons.
Estes dons se transformam em fraternidade, solidariedade, justiça. Através de uma vivência comunitária nos grupos de reflexão, grupos de oração, estudo bíblico ... criam-se práticas sociais e maior consciência de cidadania.
Os sete dons: Sabedoria, inteligência, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus ajudam a entender os planos de Deus na vida de cada cristão. Mas, também, capacitam para superar o perigo da indiferença e do medo, para amar a Deus como Pai. Estes dons, ainda, empenham os cristãos na luta por um mundo mais justo e humano e para perseverar na fé e na esperança, mesmo em meio aos desafios e dificuldades.
Eles resumem toda a ação do Espírito Santo nas pessoas.
Os dons doados pelo Espírito de Deus não tornam as pessoas passivas, inertes, acomodadas. Mas, pelo contrário, o cristão que toma consciência de que está imbuído por seus dons, transforma sua vivência.
Um cristão crismado que não ajuda a transformar, a mudar a sociedade em que vive, certamente engavetou seus dons.

VAMOS ENTERDER MELHOR ESTES DONS:
a) Saberia. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábio e a mulher sábia é aquele(a) que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida, porque a vida vem de Deus.
b) Inteligência. Este dom nos leva a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja.
Ex. Deus é Pai de todos; em Jesus, Filho de Deus, somos irmãos ...

c) Ciência. A capacidade de descobrir, inventar, recriar formas, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Suscita atitudes de participação, de luta e de ousadia, frente a cultura da morte.
d) Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Ele permite dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive em nosso meio. Este dom capacita a animar os desanimados, a fazer sorrir os que sofrem, a unir os separados ...
e) Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ajuda aos jovens a ter esperança no futuro, aos pais assumirem com alegria seus deveres, às lideranças a perseverarem na conquista de uma sociedade mais fraterna.
f) Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos numa atitude de filhos buscando um dialogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos.
g) Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência de quanto Deus nos ama. "Ele nos amou antes de tudo". Por isso, precisamos corresponder a este amor.
Para que o Espírito Santo nos conceda seus dons pedimos:
Vem, Espírito de Deus,
enche os nossos corações com tua graça.
És o sopro de Deus
que dá vida ao que está morto,
que dá vida ao nosso ser
e que nos tira do túmulo da preguiça e
do comodismo.
És fogo que queima o que está errado em nós,
que aquece nosso coração para amar,
que ilumina nossa mente para entender.
Faze-nos conhecer Jesus Cristo
que veio revelar o amor do Pai.
Faze-nos conhecer o pai e sua bondade infinita.
Faze-nos tuas testemunhas,
instrumentos nas tuas mãos
para que os corações dos homens se transformem
e assim a terra se renove.
Para que reine a justiça e a paz,
a solidariedade e o amor.
Para que o Reino de Deus se estenda cada dia mais Amém.


Ir. Marlene Bertoldi